sábado, 16 de abril de 2011

    Ao longo da vida todos nós experimentamos alegrias e tristezas. Uns, um pouco mais de alegrias, outros, um pouco mais de tristezas. Em determinados momentos podemos ser mais maldosos que bondosos. Às vezes mentimos, outras omitimos.

    Podemos guardar mágoas, rancores, medos e arrependimentos. Sentimos que a vida adulta nem sempre nos permite resolver alguns dilemas. Na verdade, temos a impressão de que, quanto mais maduros ficamos, mais problemas vão aparecendo.

    Mas decidimos não dar importância a determinados fatos, pois assim fomos educados para viver da maneira mais feliz possível. Assim, seguimos a vida desprezando as tristezas, embora muitas vezes elas insistam em incomodar. Desafiamos os artifícios da memória e empurramos as más lembranças à cova do esquecimento, rezando para que o tempo resolva.

    O tempo é o melhor presente e o pior castigo das emoções humanas. Embora acabe a lucidez de uma pessoa, há sentimentos que insistem em sobreviver, perdidos nos labirintos da mente, mesmo não sendo conveniente ao nosso bem estar.

    Há lembranças que resistem nos recantos mais longínquos dos pensamentos, desorientando até o mais racional dos homens. Quem sabe exista um mecanismo escondido no corpo capaz de reter tudo o que não queremos, esperando o momento exato para reaproveitar o que testemunhamos. Um dia isso pode voltar em forma de palavras ásperas, nos momentos mais infortúnios, desafiando o equilíbrio de qualquer um que testemunhe.

   O que nos conforta é a certeza de que cada um é o resultado de uma infinidade de fatores. O ser humano é imprevisível, mas é o único responsável pela quantidade de momentos felizes de sua existência.

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