quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Amor, o sentimento menos romântico

    Quem não acredita no amor é quem não se dedica a amar. Amar é uma das coisas mais difíceis que existe, porque exige total entrega de quem ama. O mundo cada vez mais materialista e individualista em que vivemos é uma das consequências da falta de amor. E isso não diz respeito apenas ao amor romântico, entre homens e mulheres. Mas também entre filhos e pais, entre amigos, o amor por ajudar os outros, pelo emprego, enfim.

    As pessoas que já se apaixonaram devem saber o quanto é difícil passar da fase da paixão e se deparar com uma pessoa cheia de defeitos, qualidades e objetivos muito diferentes. Somente depois que a paixão passa é que começamos a refletir sobre as vantagens e desvantagens de seguir a vida ao lado de um estranho. Afinal, somos todos diferentes.

    Podemos ter um ou outro interesse em comum, mas crescemos e fomos criados em famílias, épocas, escolas diferentes. Resta-nos ter sensibilidade, ou deixar a sensibilidade fluir, para saber se a felicidade do outro é o que vai importar quando a paixão acaba.

    Mas, como somos diferentes, sabemos que nem todos têm coragem de arriscar e se entregar completamente, confiar nas possibilidades do amor, mesmo que isso signifique sofrer. Quem ama de verdade sente no fundo do coração e na alma, que apesar de todo o sofrimento, no fim das contas, é muito belo e sublime partilhar a nossa vida com quem ou com o que amamos. Pois, como aprendemos desde criança, o amor é doação.

    Talvez o amor seja um dos sentimentos menos românticos que existem. A paixão é romântica. O amor é descoberto nos momentos mais difíceis, e é diante da dor que ele floresce. Se você ama, se você se permite amar e ser amado, consegue superar todas as provações.

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