quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Corrigindo imperfeições

Quando as coisas não saem do modo como planejou, você se irrita”. Se a vida fosse mais fácil, poderíamos entrar nas nossas configurações e mudar as qualidades ou os defeitos que nos afastam das pessoas que amamos. Mas penso que, se isso fosse possível, outras qualidades e outros defeitos surgiriam e ficaríamos loucos tentando alcançar a perfeição.

Ufa! Que bom que não é assim! Acontece que nem sempre as pessoas se permitem pensar dessa forma. E nós, como simples mortais, continuamos a nos sacrificar quando percebemos as pessoas que
amamos ponderando nossos defeitos.

Aquela frase não foi retirada de nenhuma obra literária. Eu mesma ouvi de alguém que me conhece. E revela uma verdade, que talvez muitas pessoas se identifiquem. Imaginem que enquanto estava escrevendo sobre esse assunto tentei salvar a página do word com o mouse. Mas o mouse deu clique duplo, ou triplo, sei lá. Só sei que a página fechou antes que eu a salvasse.

Apesar de o texto estar no primeiro parágrafo, me irritei. Mas no instante seguinte lembrei o que pretendia escrever. E a raiva passou. Afinal, não aconteceu do modo como eu estava planejando. As palavras se perderam em algum lugar no espaço. Mas pensei que talvez Deus, ou algum de seus anjos, estivesse aqui do meu lado, me testando.

Nesse caso deu certo. Controlei minha irritabilidade. Agora, resta a parte mais desafiadora, e portanto, mais disciplinante: Praticar. Tentar controlar a insatisfação diante de algo que não deu certo na vida pessoal. Para ser mais clara, não levar a vida tão a sério. Não ser tão detalhista.

Por que temos sempre que seguir um plano? Não quero dizer que não podemos sonhar, ter objetivos. Mas que devemos ser menos duros e exigentes com nossos próprios desejos, nossos corações, nossas emoções. Nem sempre as coisas saem do jeito que queríamos, e isso não é um pretexto para ficarmos irritados, mas para ver o mundo com outro olhar. Quem sabe começar de novo e aprender o que talvez não teríamos aprendido se algo não saísse “errado”.

É uma batalha contra nós mesmos. Às vezes, contra determinados valores que os outros nos impuseram e que, na realidade, não nos fazem felizes. Os defeitos, as derrotas, é que nos tornam humanos. O que não quer dizer que podemos ser rudes com os outros, nem fazê-los sofrer. Temos todo o direito sim, de nos irritar com a corrupção, com a injustiça, com a forma de governo, enfim. Mas provocar a tristeza nos outros para satisfazer caprichos, é covardia.

Um comentário:

Layse Rezende disse...

Covardia, fraqueza e insegurança.