Não sei o que estais fazendo agora.
Não sei o que pensas,
Nem sei o que queres.
Sei apenas que muito pouco sei.
Sei que és estranho
Com seus sentimentos estranhos
Seus medos reservados
Seu silêncio invejável e agonizante.
O que queres tu de mim?
Com esse seu jeito angustiante
De se fechar pro mundo
E se entregar ao fundo?
Não sei da sua estratégia.
Nem sei...
Mas sei que és intrigante
E perverso.
O que queres tu de mim?
Um corpo para perder a calma?
Um sopro para inspirar a alma?
Um amor para revelar sua humanidade?
Ou queres se divertir com a minha busca
E se alimentar da minha fragilidade?
Aprisionar-me nesse seu enigma peculiar,
Aproveitar-se de meus momentos de submissão
E exaltar-se por domar os meus segredos?
Sei que muito pouco sei.
E do pouco que sei
Pouco sei, ou pouco posso,
Aproveitar a meu favor.
Estou presa ao seu mundo
Sem ao menos pertencê-lo.
Sou uma reviravolta,
Um emaranhado de sangue,
Coração, mãos e mente.
Meu peito está em fúria
Procuro a lógica dos fatos
Incomoda a percepção da sua indiferença
Mas tudo isso acontece em mim.
No fim das contas,
Nada mais sou
Além de um ser apaixonado.
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