sexta-feira, 1 de outubro de 2010


A CULPA É DO POVO

   A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique. Agora dizemos que Lula é um manipulador. E o que vier depois de Lula também não servirá para nada. Por isso estou começando a suspeitar que o problema não esteja no corrupto que foi o Collor, ou na farsa que vivemos hoje. O problema está em nós. Nós como povo! Nós como matéria prima de um país. Sabe por quê?
  
    Porque pertenço a um país onde a " esperteza" é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar ou o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude, mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais [...].
     
    [...] Pertenço a um país onde a impontualidade é um hábito, e se beneficiar da impunidade é ser inteligente. Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano. Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.


    [...] Onde nossos congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis que só servem para afundar ainda mais aos que trabalham, e beneficiar só a alguns poucos privilegiados e comparsas nas falcatruas. 


    [...] Essa falta de qualidade humana, é muito mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, que nunca sabe de nada. Tudo isso é real e muito ruim, e entristece qualquer um que nasceu neste país! Porque todos eles são brasileiros como nós, eleitos por nós. Nascidos aqui, não em outra parte... Não é de ficar triste?


    [...] Li o texto original de João Ubaldo Ribeiro e guardei. Esperei o tempo passar. Hoje decidi homenagear a este que é um dos maiores escritores brasileiros e pedir que ele me perdoe por ter acrescentado mais alguns dados que neste período de campanha acontecem. Sou palestrante, trabalho com conscientização e treinamento na área comportamental, e minha luta e esperança é que o ser humano melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido com o momento que de eleições que está se iniciando. 

(Enviado por Luiz Antônio Silva, palestrante da PHAROL RH.)

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